Ontem à noite eu estava no aniversário de uma amiga minha, na maior alegria, conversando, engordando, rindo e fazendo piadas bobas, quando sem nenhuma malícia olhei pro busto de uma garota que estava do meu lado. A gente estava conversando, então, por que não olhar?
Era a primeira vez que eu falava com ela, não havia nada de errado em observar. Claro que não, mas quando eu olhei, me deparei com uma mancha enorme branca, vinha do fim do pescoço e se estendia até a entrada da blusa sem alça que ela usava.
Fiquei encucada.
Aquilo era vitiligo? Será que devo falar algo? Perguntar?
Achei melhor não, fique na minha. Minhas manchas também estavam a mostra, levantei o braço uma ou duas vezes, coloquei o cabelo pra frente e sentei em outra cadeira, queria que ela notasse o meu vitiligo, queria ver sua expressão, queria poder conversar sobre isso com ela.
Mas se ela notou nada falou.
Poderiam ser manchas de nascença nela, manchas brancas de nascença. Será? Isso existe?
De uma coisa eu sei, aquilo me deixou curiosa de uma forma que há tempos eu não ficava. Preciso descobrir, só pra alimentar minha alma de adolescente com vitiligo, sem ninguém com quem conversar sobre a doença.
Beijos, Alessandra.
P.S.: Queria agradecer a Cris do blog Ser feliz com vitiligo, por que sinceramente foi ela que me deu - mesmo inconsciente disso - a genial ideia de fazer um blog sobre o vitiligo. Beijos Cris :*
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